11/12/2012

Teresa Guilherme faz revelações


A “rainha dos reality shows” revela-se duas semanas antes da terceira edição da Casa dos Segredos. Admite que toma comprimidos, fala como nunca da relação com Paulo Rocha... e atira-se à SIC!


Apresenta como ninguém reality shows e, por isso, foi novamente escolhida pelo director da TVI, José Fragoso, para conduzir mais uma edição, a terceira, de Casa dosSegredos, com estreia prevista para o dia 16 de Setembro.
Porém, Teresa Guilherme, de 57 anos, revela agora também ter as suas fragilidades. Por exemplo, desde o início da sua carreira que toma sempre um calmante de 3 mg antes de apresentar um programa, seja ele em directo ou gravado...
“Antes de cada programa, e de cada peça de teatro, tomo um calmante para me concentrar. O meu estado habitual é observar tudo. Vejo uma mulher e vejo o chapéu que ela tem, reparo que tem uma palhinha que não vale coisa nenhuma, uma fita preta, depois vejo as sandálias, se tem celulite... É instantâneo! Disperso-me com muita facilidade. Depois, tenho esta veia risonha, que quando uma coisa me dá vontade de rir... rio-me muito. Portanto, o calmante ajuda-me a acalmar e a concentrar naquilo que estou a fazer”, confessa.
Teresa Guilherme toma quase religiosamente o calmante meia hora antes de começar a apresentar o programa. Esse comprimido milagroso tornou-se uma dependência desde muito cedo: “Toda a vida foi assim. E se não tomar fico a pensar que não tomei e que devia ter tomado, e depois acabo por ir tomar.”
Em televisão, diz a apresentadora, o calmante tem um outro efeito. “É para falar mais devagar, porque senão vou por ali adiante e ninguém percebe nada do que estou a dizer. No princípio da carreira era para me acalmar, para não me empolgar, mas agora é para não falar muito rápido. Este comprimido poderá colocar alguém a dormir, mas no grau em que estou habitualmente não adormeço!”, acrescenta.
"Estou na menopausa, e então?"
A apresentadora de Casa dos Segredos 3 resolve também abordar um tema íntimo que foi lançado no ano passado pela sua “rival”, Júlia Pinheiro, em resposta às farpas lançadas por Teresa Guilherme na entrevista que concedeu à nossa revista. Nessa altura, a apresentadora da SIC atribuía as responsabilidades de tais declarações à menopausa. Hoje, Teresa fala abertamente sobre o tema, até por uma questão pedagógica.
“Eu acho que a responsabilidade das mulheres da minha idade, e da idade da Júlia, embora ela seja muito mais nova do que eu, é desmistificar uma coisa que tem sido empolada ao longo das eras. A ideia de que as mulheres que entram na menopausa ficam arrumadas e num trapo é completamente falsa. Acho que faz parte do trabalho das figuras públicas demonstrar que isso podia ser assim, mas não o é. Cada pessoa é uma pessoa, mas 90 por cento daquilo que se diz sobre a menopausa é um ‘empolamento’ gigantesco. Há uma mudança hormonal. As pessoas que não tomavam conta da sua saúde têm de tomar mais e fazer exercício, mas na realidade as pessoas têm de fazer exercício toda a vida, têm de ser cuidadosas a vida inteira”, começa por referir.
E não tem problemas em assumir: “Estou na menopausa, e então? A verdade é que eu não senti coisíssima nenhuma quando entrei na menopausa, e por isso o que a Júlia disse soou um bocado estranho. É uma passagem. É tal e qual o que acontece aos miúdos aos 13 ou 14 anos a passarem pela puberdade.”
E conclui: “Quero dizer às outras mulheres que parem de estar aterrorizadas com uma coisa que não é nada. Não fiquei com calor, nem com frio, nem alegre, nem triste. Claro que tomei conta de mim a vida inteira. Um conselho para as mulheres é irem a sítios de produtos naturais que vão ver que não têm nada."
Apesar da má relação entre Teresa Guilherme e Júlia Pinheiro, a “rainha dos reality shows” está agora mais comedida nas palavras. “Aquilo que aconteceu no ano passado não foram ataques. Várias revistas foram pegando na história e foram sempre acrescentando mais alguma coisa. Não houve nenhum ataque, nem havia nenhum motivo. Cada uma tem a sua vida! E continuamos a nossa vida. Talvez a única coisa estranha foi o facto de Júlia ter respondido, mas isso foi já há 300 anos, e não tenho nada contra ela”, afirma.
Apesar desta suavidade, Teresa Guilherme admite que não falou com Júlia Pinheiro depois do sucedido: “Não nos encontramos há bastante tempo.” E demonstra que a apresentadora da SIC não faz parte do seu núcleo de amizades profissionais, muito menos pessoais. “Neste meio tenho muitos mais amigos actores do que apresentadores, mas tenho alguns amigos apresentadores chegados, como o João Baião, o Manel (n.r.: Luís Goucha), que é meu amigo de toda a vida, a Cristina Ferreira... Dou-me lindamente com o Malato, gosto imenso da Fátima Lopes, adoro o Jorge Gabriel e se vir a Sónia Araújo tenho o maior prazer em falar-lhe. Trabalhei muito com a Catarina (n.r.: Furtado) e com a Bárbara (n.r.: Guimarães), e gosto muito dela como toda a gente sabe. Agora, como é óbvio, ao longo da vida tive afastamentos, mas faz parte do trabalho. Algumas coisas resolvem-se, outras não”, frisa.
A Casa 2
Guerra de palavras à parte, Teresa Guilherme sente efectivamente que a segunda edição da Casa dos Segredos teve muito mais impacto do que a primeira... apresentada por Júlia Pinheiro. “Os verdadeiros heróis destes programas são os concorrentes. Noutros moldes não sei se a Cátia tinha brilhado tanto, se a relação com a Susana iria ser engraçada, se iria haver exploração da relação entre a Fanny e o João M., eu achei realmente aquele amor engraçado. Os concorrentes são verdadeiramente as estrelas, mas a maneira como chamamos a atenção para um detalhe ou outro depende muito dos apresentadores. Vejo uma coisa com atenção redobrada. Lembro-me que a Júlia estava a fazer o programa da tarde... e isso é uma trabalheira. Além de que ela gosta muito mais do desafio do momento do que estar atenta a um detalhe”, diz.
E, como prova do sucesso do programa apresentado por si, aponta: “Para saber se um programa é um sucesso ou não, temos de medir a reacção das pessoas. Não se falava de outra coisa a não ser daquelas pessoas, e isso foi mais forte e evidente nesta edição do que na anterior.”
Teresa Guilherme diz que quem merecia ganhar era Cátia Palhinha: “Por mim, a grande vencedora era a Cátia. Foi marcante porque era uma figura. Os motores da casa eram a Fanny e o Marco. A Daniela S. foi uma ajuda preciosa para todos. Foi uma excelente concorrente.”
E não tem dúvidas ao afirmar que João Mota foi levado ao colo por Fanny: “A Fanny foi com um projector  Ele é cauteloso. Nunca passaria despercebido, mas a relação dele com a Fanny foi o que lhe colocou o foco em cima. Ela é uma figura muito incontornável.”
"Paulo Rocha é o meu filho adoptivo"
A apresentadora já referiu por várias vezes que nunca quis ter um filho biológico, mesmo tendo a pressão durante vários anos da mãe, Lídia Ribeiro, que sempre lhe demonstrou querer ser avó.
actor Paulo Rocha, de 35 anos, actualmente no Brasil, tornou-se há cinco anos – em 2007, quando estava a gravar a novela Vingança para a SIC – o filho adoptivo de Teresa Guilherme.
“Ele é um filho adoptivo  Foi um filho que o trabalho me trouxe. O Costa Reis foi o pai efectivo  A minha ligação com o Paulo tem cinco anos. Ele já tinha 30. É diferente. Temos uma relação afectiva grande e compreendemo-nos muito bem”, assume.
Foi Teresa Guilherme, por exemplo, quem em Julho passado pressionou o actor a assinar o contrato de exclusividade, até 2015, com a TV Globo. “Quando ele fez o contrato no Brasil eu estava lá. O Paulo não queria ficar. Achava que já estava lá há muito tempo. Um contrato daqueles com a Globo durante quatro anos, caramba, é um elogio”, revela.
A apresentadora viu com os seus olhos o sucesso do actor português em terras de Vera Cruz. “Ele é um autêntico gato das novelas das 8, como se costuma dizer por lá. Ele apresentava-me às outras pessoas como sendo a mãe dele e o curioso é que passei a não pagar cabeleireiro, por exemplo”, revela. Apesar do pouco tempo que os liga, Paulo Rocha escolheu mesmo Teresa Guilherme como a sua mãe.
“Ele chama-me mãe, falamos com muita frequência no Skype e trocamos mensagens pelo Viber (n.r.: aplicação de telemóvel que permite trocar mensagens grátis). Falamos sobre as nossas coisas, tal como fazem normalmente as mães e os filhos.
Por exemplo, agora tenho falado sobre o programa que está a começar, e ele tem falado sobre a novela dele (n.r.: faz de Fábio no remake de Guerra dos Sexos), e também temos falado sobre a reacção dos portugueses à novela Fina Estampa, onde ele entra e que está a ser agora emitida em Portugal (n.r.: na SIC)”, diz. Teresa leva o seu papel a sério. “Mesmo que ele não peça conselhos, eu dou. Para isso é que servem as mães. Já conheci a namorada dele (n.r.: a brasileira Juliana Pereira). Gostei de a conhecer, e a família dela também. A minha comadre é muito simpática e muito civilizada.”
E apesar de ser a principal impulsionadora da sua ida para o Brasil, já reclama a presença dele. “Estou feliz por ele lá estar, mas tenho muitas saudades. Ele estava muito por minha casa, encontrávamo-nos sempre... Aparecia para almoçar e jantar”, conta.
Quando solicitada para traçar um perfil do seu filho adoptivo  a apresentadora não tem dúvidas: “Ele é muito tranquilo, mas é extremamente tímido. E as pessoas confundem timidez com brutalidade.” Esta definição faz com que a conversa vá ter à condenação de Paulo Rocha pelo Tribunal de Rio Maior, por agressões a Gonzo, em 2007, numa discoteca em Rio Maior. Teresa Guilherme acompanhou todo o processo e até estava com o seu filho adoptivo no dia da agressão.
“Nesse dia estava com ele e depois de toda a confusão fui ter com ele e puxei-lhe as orelhas. Ele próprio se arrependeu logo na altura de toda aquela situação. Foram dois homens a lutar por causa de uma rapariga (n.r.: Dânia Neto). Se ele o devia ter feito? Provavelmente não. Ele tem um pavio curto, mas a testosterona exagerada acaba por se acalmar e ele está muito mais calmo agora”, conclui.

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