A “rainha dos reality shows”
revela-se duas semanas antes da terceira edição da Casa dos Segredos. Admite
que toma comprimidos, fala como nunca da relação com Paulo Rocha... e atira-se
à SIC!
Apresenta
como ninguém reality shows e, por isso, foi novamente escolhida pelo director da
TVI, José Fragoso, para conduzir mais uma edição, a terceira, de Casa dosSegredos, com estreia prevista para o dia 16 de Setembro.
Porém, Teresa Guilherme, de 57 anos, revela agora
também ter as suas fragilidades. Por exemplo, desde o início da sua carreira
que toma sempre um calmante de 3 mg antes de apresentar um programa, seja ele
em directo ou gravado...
“Antes de cada programa, e de cada peça de
teatro, tomo um calmante para me concentrar. O meu estado habitual é observar
tudo. Vejo uma mulher e vejo o chapéu que ela tem, reparo que tem uma palhinha
que não vale coisa nenhuma, uma fita preta, depois vejo as sandálias, se tem
celulite... É instantâneo! Disperso-me com muita facilidade. Depois, tenho esta
veia risonha, que quando uma coisa me dá vontade de rir... rio-me muito.
Portanto, o calmante ajuda-me a acalmar e a concentrar naquilo que estou a
fazer”, confessa.
Teresa Guilherme toma quase religiosamente o
calmante meia hora antes de começar a apresentar o programa. Esse comprimido
milagroso tornou-se uma dependência desde muito cedo: “Toda a vida foi assim. E
se não tomar fico a pensar que não tomei e que devia ter tomado, e depois acabo
por ir tomar.”
Em televisão, diz a apresentadora, o calmante tem
um outro efeito. “É para falar mais devagar, porque senão vou por ali adiante e
ninguém percebe nada do que estou a dizer. No princípio da carreira era para me
acalmar, para não me empolgar, mas agora é para não falar muito rápido. Este
comprimido poderá colocar alguém a dormir, mas no grau em que estou
habitualmente não adormeço!”, acrescenta.
"Estou na menopausa, e então?"
A apresentadora de Casa dos Segredos 3 resolve
também abordar um tema íntimo que foi lançado no ano passado pela sua “rival”,
Júlia Pinheiro, em resposta às farpas lançadas por Teresa Guilherme na
entrevista que concedeu à nossa revista. Nessa altura, a apresentadora da SIC
atribuía as responsabilidades de tais declarações à menopausa. Hoje, Teresa
fala abertamente sobre o tema, até por uma questão pedagógica.
“Eu acho que a responsabilidade das mulheres da
minha idade, e da idade da Júlia, embora ela seja muito mais nova do que eu, é
desmistificar uma coisa que tem sido empolada ao longo das eras. A ideia de que
as mulheres que entram na menopausa ficam arrumadas e num trapo é completamente
falsa. Acho que faz parte do trabalho das figuras públicas demonstrar que isso
podia ser assim, mas não o é. Cada pessoa é uma pessoa, mas 90 por cento
daquilo que se diz sobre a menopausa é um ‘empolamento’ gigantesco. Há uma
mudança hormonal. As pessoas que não tomavam conta da sua saúde têm de tomar
mais e fazer exercício, mas na realidade as pessoas têm de fazer exercício toda
a vida, têm de ser cuidadosas a vida inteira”, começa por referir.
E não tem problemas em assumir: “Estou na
menopausa, e então? A verdade é que eu não senti coisíssima nenhuma quando
entrei na menopausa, e por isso o que a Júlia disse soou um bocado estranho. É
uma passagem. É tal e qual o que acontece aos miúdos aos 13 ou 14 anos a
passarem pela puberdade.”
E conclui: “Quero dizer às outras mulheres que
parem de estar aterrorizadas com uma coisa que não é nada. Não fiquei com
calor, nem com frio, nem alegre, nem triste. Claro que tomei conta de mim a
vida inteira. Um conselho para as mulheres é irem a sítios de produtos naturais
que vão ver que não têm nada."
Apesar da má relação entre Teresa Guilherme e
Júlia Pinheiro, a “rainha dos reality shows” está agora mais comedida nas
palavras. “Aquilo que aconteceu no ano passado não foram ataques. Várias
revistas foram pegando na história e foram sempre acrescentando mais alguma
coisa. Não houve nenhum ataque, nem havia nenhum motivo. Cada uma tem a sua
vida! E continuamos a nossa vida. Talvez a única coisa estranha foi o facto de
Júlia ter respondido, mas isso foi já há 300 anos, e não tenho nada contra
ela”, afirma.
Apesar desta suavidade, Teresa Guilherme admite
que não falou com Júlia Pinheiro depois do sucedido: “Não nos encontramos há
bastante tempo.” E demonstra que a apresentadora da SIC não faz parte do seu
núcleo de amizades profissionais, muito menos pessoais. “Neste meio tenho
muitos mais amigos actores do que apresentadores, mas tenho alguns amigos
apresentadores chegados, como o João Baião, o Manel (n.r.: Luís Goucha), que é
meu amigo de toda a vida, a Cristina Ferreira... Dou-me lindamente com o
Malato, gosto imenso da Fátima Lopes, adoro o Jorge Gabriel e se vir a Sónia
Araújo tenho o maior prazer em falar-lhe. Trabalhei muito com a Catarina (n.r.:
Furtado) e com a Bárbara (n.r.: Guimarães), e gosto muito dela como toda a
gente sabe. Agora, como é óbvio, ao longo da vida tive afastamentos, mas faz
parte do trabalho. Algumas coisas resolvem-se, outras não”, frisa.
A Casa 2
Guerra de palavras à parte, Teresa Guilherme
sente efectivamente que a segunda edição da Casa dos Segredos teve muito mais
impacto do que a primeira... apresentada por Júlia Pinheiro. “Os verdadeiros
heróis destes programas são os concorrentes. Noutros moldes não sei se a Cátia
tinha brilhado tanto, se a relação com a Susana iria ser engraçada, se iria
haver exploração da relação entre a Fanny e o João M., eu achei realmente aquele
amor engraçado. Os concorrentes são verdadeiramente as estrelas, mas a maneira
como chamamos a atenção para um detalhe ou outro depende muito dos
apresentadores. Vejo uma coisa com atenção redobrada. Lembro-me que a Júlia
estava a fazer o programa da tarde... e isso é uma trabalheira. Além de que ela
gosta muito mais do desafio do momento do que estar atenta a um detalhe”, diz.
E, como prova do sucesso do programa apresentado
por si, aponta: “Para saber se um programa é um sucesso ou não, temos de medir
a reacção das pessoas. Não se falava de outra coisa a não ser daquelas pessoas,
e isso foi mais forte e evidente nesta edição do que na anterior.”
Teresa Guilherme diz que quem merecia ganhar era
Cátia Palhinha: “Por mim, a grande vencedora era a Cátia. Foi marcante porque
era uma figura. Os motores da casa eram a Fanny e o Marco. A Daniela S. foi uma
ajuda preciosa para todos. Foi uma excelente concorrente.”
E não tem dúvidas ao afirmar que João Mota foi
levado ao colo por Fanny: “A Fanny foi com um projector Ele é cauteloso. Nunca
passaria despercebido, mas a relação dele com a Fanny foi o que lhe colocou o
foco em cima. Ela é uma figura muito incontornável.”
"Paulo Rocha é o meu filho adoptivo"
A apresentadora já referiu por várias vezes que
nunca quis ter um filho biológico, mesmo tendo a pressão durante vários anos da
mãe, Lídia Ribeiro, que sempre lhe demonstrou querer ser avó.
O actor Paulo Rocha, de 35 anos, actualmente no
Brasil, tornou-se há cinco anos – em 2007, quando estava a gravar a novela Vingança
para a SIC – o filho adoptivo de Teresa Guilherme.
“Ele é um filho adoptivo Foi um filho que o
trabalho me trouxe. O Costa Reis foi o pai efectivo A minha ligação com o Paulo
tem cinco anos. Ele já tinha 30. É diferente. Temos uma relação afectiva grande
e compreendemo-nos muito bem”, assume.
Foi Teresa Guilherme, por exemplo, quem em Julho passado pressionou o actor a assinar o contrato de exclusividade, até 2015, com
a TV Globo. “Quando ele fez o contrato no Brasil eu estava lá. O Paulo não
queria ficar. Achava que já estava lá há muito tempo. Um contrato daqueles com
a Globo durante quatro anos, caramba, é um elogio”, revela.
A apresentadora viu com os seus olhos o sucesso
do actor português em terras de Vera Cruz. “Ele é um autêntico gato das novelas das
8, como se costuma dizer por lá. Ele apresentava-me às outras pessoas como
sendo a mãe dele e o curioso é que passei a não pagar cabeleireiro, por
exemplo”, revela. Apesar do pouco tempo que os liga, Paulo Rocha escolheu mesmo
Teresa Guilherme como a sua mãe.
“Ele chama-me mãe, falamos com muita frequência
no Skype e trocamos mensagens pelo Viber (n.r.: aplicação de telemóvel que
permite trocar mensagens grátis). Falamos sobre as nossas coisas, tal como
fazem normalmente as mães e os filhos.
Por exemplo, agora tenho falado sobre o programa
que está a começar, e ele tem falado sobre a novela dele (n.r.: faz de Fábio no
remake de Guerra dos Sexos), e também temos falado sobre a reacção dos
portugueses à novela Fina Estampa, onde ele entra e que está a ser agora
emitida em Portugal (n.r.: na SIC)”, diz. Teresa leva o seu papel a sério.
“Mesmo que ele não peça conselhos, eu dou. Para isso é que servem as mães. Já
conheci a namorada dele (n.r.: a brasileira Juliana Pereira). Gostei de a
conhecer, e a família dela também. A minha comadre é muito simpática e muito
civilizada.”
E apesar de ser a principal impulsionadora da sua
ida para o Brasil, já reclama a presença dele. “Estou feliz por ele lá estar,
mas tenho muitas saudades. Ele estava muito por minha casa, encontrávamo-nos
sempre... Aparecia para almoçar e jantar”, conta.
Quando solicitada para traçar um perfil do seu
filho adoptivo a apresentadora não tem dúvidas: “Ele é muito tranquilo, mas é
extremamente tímido. E as pessoas confundem timidez com brutalidade.” Esta
definição faz com que a conversa vá ter à condenação de Paulo Rocha pelo
Tribunal de Rio Maior, por agressões a Gonzo, em 2007, numa discoteca em Rio
Maior. Teresa Guilherme acompanhou todo o processo e até estava com o seu filho adoptivo no dia da agressão.
“Nesse dia estava com ele e depois de toda a
confusão fui ter com ele e puxei-lhe as orelhas. Ele próprio se arrependeu logo
na altura de toda aquela situação. Foram dois homens a lutar por causa de uma
rapariga (n.r.: Dânia Neto). Se ele o devia ter feito? Provavelmente não. Ele
tem um pavio curto, mas a testosterona exagerada acaba por se acalmar e ele
está muito mais calmo agora”, conclui.
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